A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu que o empresário que recebeu o prêmio de R$ 119 milhões da Mega-Sena, em outubro de 2010, não foi o apostador original das seis dezenas premiadas. Em inquérito remetido à Justiça nesta sexta-feira (8), a polícia apurou que houve fraude contra um grupo de 11 funcionários da Prefeitura de Fontoura Xavier (próxima de Porto Alegre), que fez a aposta ganhadora em um bolão. Cinco pessoas foram indiciadas sob suspeita de estelionato, falso testemunho e formação de quadrilha. "O bilhete premiado foi tirado do 'bolo' em que estavam as outras apostas e foi trocado por um outro de um concurso anterior", disse o delegado Heliomar Franco, que presidiu o inquérito. O delegado afirmou que o inquérito está baseado em provas concretas de que foi montado um esquema para excluir os dez apostadores. Segundo o delegado, foi pedido o bloqueio das contas bancárias onde está o dinheiro do prêmio, mas a Justiça negou sob a justificativa técnica de que o fim do inquérito não é o momento adequado. O inquérito ainda será analisado pelo Ministério Público, que decidirá se oferecerá ou não denúncia formal contra os indiciados.
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