
Com apenas seis projetos aprovados em quatro semanas de votações, a
Câmara dos Deputados e o Senado tiveram, até então, o pior nível de
produção em dez anos. O resultado foi influenciado, principalmente, por
embates entre o Palácio do Planalto e sua base de apoio, e deve sofrer
abalo ainda maior com a Copa do Mundo, em junho e julho, e as eleições,
em outubro, que prometem esvaziar o Congresso na maior parte do ano – e
além do tempo realmente necessário. O feriado de carnaval do
congresso, por exemplo, teve duração de 13 dias. Entre os projetos
aprovados, nenhum envolve temas polêmicos: dois são para criação de
cargos nos tribunais regionais do Trabalho em Sergipe e Santa Catarina.
Já assuntos com maior repercussão, e que receberam promessa de
votação, continuam travados – como o Marco Civil da Internet e a
renegociação da dívida de estados e municípios. A produção deste ano
destoa fortemente dos anos anteriores, que registraram votações na casa
das dezenas. Em 2013, foram 25 projetos aprovados no mesmo período, e
em 2012, foram 36. A Folha de S. Paulo, que fez o levantamento,
considerou emendas à Constituição, projetos de lei, projetos de lei
complementar e medidas provisórias aprovadas pelos plenários ou em
caráter terminativo (sem necessidade de votação no plenário) pelas
comissões.
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