Às
vésperas da Copa do Mundo no Brasil, o racismo, literalmente, entra em
campo, e em pleno século XXI, somos obrigados a assistir a esse
“espetáculo” dantesco, que recria as iniqüidades e repete a herança
nefasta do racismo que nos persegue como se dele pudéssemos ser reféns.
O
Brasil, como Nação democrática, e nós brasileiros, como povo livre, não
podemos mais silenciar diante das afrontas racistas que nos lançam ao
rosto como se fôssemos pessoas inferiores, sujeitas aos seus arcaicos e
deformados conceitos acerca das raças humanas.
Precisamos
responsabilizar criminalmente os autores desse tipo de tratamento
indigno, desrespeitoso e que traz em si um carga de violência latente
que, se não agirmos de forma firme, poderá facilmente ser deflagrada por
esses personagens trágicos que foram objeto de matérias na imprensa de
todo o mundo.
Em
poucas semanas foram três casos registrados no futebol espanhol.
Primeiro foi o ataque racista ao brasileiro Daniel Alves que teve uma
banana jogada em sua direção, em partida entre o Barcelona e Villarreal.
Depois, foi a vez de Diop, do Levante, que foi ofendido por torcedores
do Atlético de Madrid. O mais recente foi o caso da torcedora da
Llagostera, time da terceira divisão espanhola. Funcionária do Museu do
Barcelona, ela foi flagrada imitando um macaco para o atacante Koné, do
Racing Santander, durante a partida. Pela atitude racista, a torcedora
foi demitida do Barcelona.
O
aumento de casos de atitudes racistas em campo, por parte de
torcedores, não é um caso isolado e não pode ser tratado como um fato
menor, pois recria naquele ambiente de competição, o que vivemos
diariamente nas sociedades, onde pessoas de pele escura são tratadas
como inferiores, discriminadas e vítimas de afrontas variadas.
A
falta de oportunidades de educação e emprego, também é reflexo do
racismo que impõe ao povo negro uma posição de inferioridade “perpétua”,
à qual não aceitamos e repudiamos veementemente. Aos racistas: a
lei!
Por: Deputado Federal Márcio Marinho
Por: Deputado Federal Márcio Marinho
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