A baiana Georgia Gabriela da Silva Sampaio, 19, teve o seu trabalho
selecionado em um programa que incentiva projetos inovadores de
empreendedorismo social promovido por alunos da Universidade Harvard,
nos Estados Unidos. A moradora de Feira de Santana, centro-norte do
estado, representa o Brasil junto à gaúcha Raíssa Müller, de Novo
Hamburgo, que também tem 19 anos. Georgia criou um kit para diagnosticar
de uma forma mais rápida e com menor custo a endometriose, problema
que afeta mais de seis milhões de mulheres brasileiras entre 15 e 45 e
seria responsável por 40% dos casos de infertilidade do país. Tanto a
feirense quanto Raissa participarão em novembro de uma conferência no
campus da Harvard para expor o seu projeto aos investidores do mundo
todo. Em entrevista ao site Acorda Cidade, ela contou que a ideia de
pesquisar o assunto surgiu a partir de seu contexto social. “O
tratamento da doença é muito caro e o diagnóstico também. Como o sintoma
principal é a dor durante a menstruação, as mulheres passam muito
tempo sem procurar tratamento. A média de atraso é de sete anos e
enquanto isso a endometriose vai avançando em estágios piores”,
afirmou. Já a jovem gaúcha tem o objetivo de mostrar o seu projeto da
criação de uma esponja para absorver óleo, que seria útil para
derramamento de óleo no mar. O evento realizado pela primeira vez por
um grupo de alunos, ex-alunos e professores de Harvard se chama
“Village to Raise a Child” (significa “Vila por Trás do Jovem”) e tem
como objetivo investir em projetos inovadores que podem impactar a
comunidade onde os selecionados vivem. Três participantes do Sri Lanka,
Nepal e Filipinas foram premiados, em um total de 80 mil inscritos.
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